terça-feira, 18 de março de 2008
Estas letras não são minhas
Nem são de quem as escreveu
No máximo são as linhas
De quem no Silencio as leu.
Este texto é de outrem
Alguém que não eu
A palavra vai e vem
O verso não é meu
O acto de escrever
Nem esse me pertence
Na necessidade de viver
O verso até o corpo me vence.
Poesia persiste
Na escrita tem o alimento
Mas o poeta não existe
Não sou eu quem o sustento .
3 comentários:
Muito profundo...
tocante...
terno e verdadeiro!
A Poesia é mesmo do Poeta e é assim que me sinto escrevendo!
Escrevo, mas não sou eu!
Porque acordo na calada da noite e as frases fluem? Quem dita pra mim? Não sei e nem quero saber, só sei que amo escrever!
Beijos no seu coração!
Maura Theobald
RS-Brasil
Olá
Que bom que gostou =)
Considero este poema como uma sintese da relação entre a Poesia e "Eu".
Amo escrever mas a Poesia não é minha, só nessa liberdade de posse, nesse desapego, a poesia poderá voar, poderá brotar. Só nessa consciência que o poeta não existe, poderá a escrita se mostrar.
=)
Muito Bom!
Enviar um comentário