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(In)questionamento

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O ser humano é uma curva complexa
De ideias projectadas e convicções
A projecção é vazia, desfeita
Feita de um zero de nadas
De onde vem a pergunta eleita?
A dúvida das várias estradas
Que se desenham, se formam
no coração?

Que ideologia é aquela
que brota da infima sensação
De onde vem um definido rumo
De onde vem a certa convicção?

Que perguntas nos mexem?
Que perguntas nos movem?
Que respostas silenciam?
Que respostas acalmam?

Onde estou? Para além do mundo que sinto e vejo?
Para além do mundo das sensações? Das percepções?
Onde aponta o meu foco? Para onde viaja o meu barco?
Sou marujo ou marinheiro? Tenho leme ou tenho vento
a alentar a minha embarcação?

Sou uma onda? Sou o mar? O barco que veleja? Tudo isso ou nada disso?
Que prolongamento existe na minha consciência e me faz nadar, no meu mar que não conheço,
Na imensidão que eu não sei, no rumo da minha alma - e me entregar?

E entregar.
E entregar.
Num choro que leva ao mar.
Num mar que é o meu mundo.
Numa água que é o meu derrame.

E entregar.
E entregar.
...
E ser.
E não-ser.
E...