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Femina

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os teus beijos são tão doces,
de mel teus lábios serão?
Ou são ainda o pólen das flores
que esperou ansioso que fosses
libertar teus profundos amores
para me dares teus beijos em mão?

O teu sorriso é o sol que aurora,
primeiro tímido entre as montanhas,
depois maroto no seu calor,
no alto, então, em quente hora
clamando a si egoísta todo o amor,
os desejos e as vontades tamanhas.

O teu toque é leve e profundo
num arrepio que por dentro se sente,
lembrando adormecidos sentimentos
que acordam no viver do teu mundo
e me fazem sonhar nos momentos
em que acordo com teu corpo presente.

Os teus olhos são teu mundo
onde viajo sem me perder
por nele encontrar meu reflexo
de paixões num rio sem fundo
onde nada quero e o meu único nexo
é a vontade de não te esquecer.

Algum tempo

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Algumas horas passadas
nos embalos de estradas vazias,
viagens passadas em dias,
horas perdidas em estradas.

Algum tempo será vindouro,
se não agora que ardeu:
no cantar de vozes em coro,
no despertar de um apogeu.

Alguns anos em não mim,
Na inexistência do ser,
Vivem no efémero não fim
Do nunca sempre acontecer.

Sem anos de inexpressão,
Longa voz de eloquência,
Que no som nada dirão
Se não, maledicência.

Algum tempo ficará
Lembrado de quem lembrar.
Quem lembrou quiçá
Não se esqueceu de amar.

Literatura

domingo, 19 de junho de 2011

Letras, palavras ou ideias
são alimento que se faz vida;
como o ar, água ou comida
se mostram as escritas cheias.

Expressão que se cria viajante,
ponto que se acha parágrafo,
viragem na história acutilante
do hoje desperto epígrafo.

Essência do que se quer ferve
como, ah, Literatura que escreve
letras de ar sustentando liberta
vida, raiz da palavra desperta.

Jardim de Rosas

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Há rosas no meu jardim
Mil cheiros, mil cores
Do branco, ao rosa e carmim
São pinturas, retratos de flores.

Memórias de um momento eterno
Que no Verão se perpétua ao Inverno.
Vida desconhecida que flutua
Entre o toque da minha mão na tua
E a doce nossa presença
Desenhada no papel da querença.

Há retratos na minha mente.
Mil rostos, mil cores
Da amizade aos amores
São flores, são rosas, são gente!



* Dedicado a todos os que fazem parte da minha vida!

Tudo e Nada

quinta-feira, 21 de abril de 2011

És mais que teu rosto quente
Crepitação de sol redondo
No soltar de um olhar ardente
Que apenas no coração respondo
Torto e sem jeito.
- És mais que um astro perfeito.

Por seres mais não és sem fim
És o ponto onde começa e acaba
Fuga de um olhar de mim
No limiar de uma singela estrada.

És tudo e não és nada.

Na chuva que cai da minha alma
És a totalidade das lágrimas
Gotas que são em mim o que se palma
Vazio onde nascem palavras íntimas.

Sim, és tudo e não és nada.
Tamanho elogio abismal
Oh quem me enche e esvazia
Nesse movimento total
Cria o que sou: versos e poesia.

Inexpressão Vasta

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Como é eterno e longo este beijo de ar
Como me assalta o peito
Quem me faz disparar...

Como vive um turbilhão
rodopiante espiral
que enche meu interno vale
da mais profunda emoção....


Que traços desfere meu ser
Que sôfrego tamanho antever
Simplesmente sentido
Deveras vivido


Oh sempre interno de alguém
Que viaja na nuvem de amor
No caminho estrelado que vem
Infundido pela profusão do toque e da cor


Roubai-me tudo o que é teu
Sopra teu presente do dia
Nada conheço pois meu amor monge não leu
tua eterna historia que iria
perdurar no eterno
e terno
desejo...
de ti.

Caminhos Paralelos

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Juntos por um caminho
Separado por duas mentes
translúcidas, transparentes

Separados por um trilho
Juntos por uma mão
da cor da paixão


Estórias de esferas
Com um centro igual
Onde rugem as eras
Do tempo e do mal

Destinos de alguém
Perdidos no espaço
O fado de ninguém
Desenhado no traço


O traço que separa
A linha que liga
As almas que caminham
Pela via... eterna via... pedida
Mas não achada
Querida
Mas não dada
Enfim...
os serenos que trilham
a vida!

Ode à loucura

sábado, 15 de janeiro de 2011

Será loucura ilusão?
Ou o contrário e inverso
De um lado o chão
Do outro o Universo.

Serei eu louco?
Por escrever as estrelas
E viver tão pouco
Conseguindo mal vê-las.

Enfim, fica no espaço
Tamanha questão
Entre a verdade que traço
E a mentira que abraço
Celebra-se a mais louca,
Comunhão.