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Desapego

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dentro de esferas concêntricas
Múltiplos lugares de pedra
Erosão de partículas idênticas
Flutuam debatendo a queda.

No centro paradoxal
Das infinidades esféricas
Ausência do que é real
Danças compassadas, sinérgicas.

Vazio repleto de Nada
Ser nu caminhando
Terra mulher amada
Céu infinitamente brando.

De pé ante pé
O ar é tocado por fim
Nada do que diga é
Apenas o vento em mim.

Amarras e correntes
Soltas esvoaçam
São lançadas sementes
De flores que o tempo traçam

Folhas livres ao vento
Voam sem rumo
São corações em experimento
Nascidos no fogo, são fumo.

Saltos de um corpo despido
Na deserta praia
Traços de rosto vivido
Coração que espraia.

Caminhante do mundo
Viajante de estrelas
Bolsos sem fundo
Pegadas nem vê-las.

Num momento fechado
Envolvendo a certeza
No outro explodindo
Partículas da beleza
Num incerto prado…
Sorrindo!

Reflexos na areia

domingo, 25 de maio de 2008

Andando na areia molhada,
Fragrâncias envolvem o ar.
O mar revolto é uma estrada
De vales de coração,
montanhas de amar.


O toque suave e quente
Do Sol que no dia viveu
É na areia vigente
Essência de Agora que ardeu.

As ondas de serenidade
Rebentam no dorso do Ser.
A orla branca e suave,
Brama pureza de viver.

Céu de escuridão tilintante
Estrelas da noite presente
Reflexo de harmonia vibrante
Corações,
é Amor que se sente.