terça-feira, 18 de março de 2008
Estas letras não são minhas
Nem são de quem as escreveu
No máximo são as linhas
De quem no Silencio as leu.
Este texto é de outrem
Alguém que não eu
A palavra vai e vem
O verso não é meu
O acto de escrever
Nem esse me pertence
Na necessidade de viver
O verso até o corpo me vence.
Poesia persiste
Na escrita tem o alimento
Mas o poeta não existe
Não sou eu quem o sustento .